Que crianças também sentem raiva e que é natural se sentir assim?

Por Natalia Cardia

Tão importante quanto saber que a raiva é um sentimento experimentado inclusive na infância, é que vocês (pai e mãe) saibam como ajudar o seu filho a lidar com essa emoção.

Então, aí vão algumas possibilidades que nós aqui do Projeto Criando, com base em estudos desenvolvidos por especialistas da área do comportamento humano, consideramos assertivos:

  • Abrace a criança (se ela permitir): O abraço auxilia na liberação de um hormônio chamado oxitocina, que é conhecido como o hormônio do amor, e que por meio da sensação de bem estar que proporciona é capaz de minimizar o nível de angustia e raiva que estão sendo vividos;
  • Dialogue com sua filha (o) a respeito, contribuindo para que a criança aprenda a identificar o que esta sentindo: Para isso você pode representar em palavras a percepção que tem do contexto, de modo que ela sinta identificação e tranquilidade para compartilhar o que está havendo. Exemplos de como você pode começar este movimento de diálogo: “Percebo que você está sentindo raiva. O que aconteceu para que você se sentisse assim?” ou “Vejo que você sentiu raiva por seu amigo ter quebrado seu brinquedo. Quer conversar sobre isso?”.
  • Ouça com paciência e empatia: Deixe que a criança conte o que aconteceu, sem querer apressar o desfecho da narrativa. O simples fato de falar sobre oque está sentindo a ajuda a elaborar e compreender seus sentimentos e emoções, e consequentemente a começar a lidar com eles.
  • Lembre as regras e mantenha os limites estabelecidos: No exemplo do amigo que quebra o brinquedo por exemplo, você poderia orientar “olha, você tem todo o direito de sentir raiva, mas não pode bater no amigo por este motivo”.
  • Observe e vigie seu próprio comportamento: mas dos que suas palavras, suas atitudes são os maiores exemplos seguidos pela criança, então de nada adianta falar para ela se acalmar se suas atitudes e entonação de voz demonstram impaciência e inquietação.
  • E uma última orientação bastante importante é que esse acolhimento e esse diálogo aconteçam no ambiente mais tranquilo que vocês puderem proporcionar e na medida do possível, sem que haja olhares e intromissões de outros familiares/conhecidos. Caso contrário além de ter que lidar com o sentimento da raiva, que já não é nada agradável, a criança ainda terá que lidar com a exposição de ter que falar de sentimentos tão profundos em meio à diversas pessoas com as quais ela talvez nem se sinta a vontade, e pelo contrário, se sinta desrespeitada e invadida, o que pode ir na contramão deste momento de autoconhecimento e aprendizagem tão importantes.   

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